terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tô bem aqui você tá me vendo?
   Eu tô feliz ta entendendo?
Eu não me importo de estar chovendo....porque ás vezes eu nem me lembro,
              Minha cabeça voa tanto, igual ao vento...
Eu gosto mesmo é de estar VIVENDO!

  Ivanessa

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pensado em entender, tentando explicar


Estava pensando em como te dizer, que eu não sei viver só de mim, porque eu sou meio pouco pra tudo ai fora, todas essas coisas que se evaporam com o tempo, e de todos os momentos que passamos juntos pouco ainda resta dessa história do passado, talvez por ser tão apaixonado eu me arraste pelos dias a fio, pra tentar entender as cores que só vejo em você, e me transmitem tudo o que eu também queria ser, eu só não queria parecer melancólica demais, tipo hippie pedindo paz, quando na verdade a guerra se faz aqui dentro de mim. Faz muito tempo hoje que um dia eu deixei de mentir pra mim mesma só pra satisfazer minha cabeça que não sabe mais viver de luxuria e ilusão, e foi mesmo verdade todas as vezes que pensei em me matar só pra fazer notar .
Eu queria era dizer que seu sorriso é minha cura, e quando chego e te vejo quando você sorri com essa cara de desleixo, eu só consigo sorrir e meu desespero do dia inteiro com as contas atrasadas com o trabalho pelo meio, isso tudo vira nada perto do seu sorriso você é inteiro tudo isso, toda essa coisa boa que me acalma, e se não fosse meu ciúme quase flébil você seria o que eu poderia chamar de paz suprema.
Se eu pudesse me desesperar, pra te deixar coladinho em mim, te deixar ir embora só pra te ver chegar só pra ter pertinho, me sinto às vezes ao meio, com todos esses sentimentos que você me provoca, meio intenso, meio ao meio, meio que sei lá quase enlouquecido, e quase quase em devaneio, às vezes te trago pra perto de mim só pra sentir seu hálito, e seus beijos quase me apavoram de tão apaixonados, eu só sou apaixonada porque quase tudo que vem de você e só não consigo confidenciar que você faz eu me perder, e e entre tantas coisas que eu imagino e sinto a melhor delas com certeza é você.
Mais agora também não basta e o dia que se arrasta sem o som das suas risadas, pra fazer o silencio sorrir, porque é isso mesmo dentro do vazio, eu também fico cheio, de saco cheio da falta de você, é como um vicio meio sem sentido essa sua falta que eu às vezes sinto e não te procuro em mais nada, em mais nenhum sorriso, porque é quase impossível encontraro nos outros pedaços de você, me basta viver das lembranças do pouco que ainda resta de você que está em mim. Das palavras todas que te falei quantas ainda você escuta? E de todos os beijos que te dei quantos você ainda sente o gosto?E meus pingos de suor escorrem pelo seu corpo?Tem alguma idéia do que um dia foi perfeito?
Eu sei às vezes eu me perco um pouco, eu só estava tentando te dizer que eu espero que tenha restado um pouco de mim em você, só pra fazer sentido todo meu esforço, desses dias chatos que não acabam nunca são um pouco da falta que você faz  em mim de novo, mais eu vivo sempre e mais um pouco só esperando você chegar pra sorrir um pouco.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A minha medida







Minha medida vem das coisas poucas que passei e delas tiro minha base, minha base é tudo aquilo no que me apego pra explicar todas as coisas que me perguntam quando querem me confrontar, quem você é realmente eles dirão, eu vou mentir sempre, e eles nunca entenderam, que não é assim que se consegue uma confissão de um coração meio vão que nem o meu! Eu nunca direi quantas vezes eu chorei, em quem eu votei, se eu pequei, quantas vezes eu errei, com quantos eu dormi, porque minha historia é tão pouco interessante que nem vale um bilhete de ônibus, nem um trocado de farol, nem nada Eles só querem saber o que eu usei, com que tipo de pessoa eu andei, querem me basear no passado pra medir o tamanho do estrago que a sociedade fez em mim, com todos os seus vícios, consumismos e sadismos, pra propagar mais a idéia de culpa de todos menos a mais obvia, a minha culpa! A minha medida, das coisas que eu faço e boto a culpa na sociedade, nos meus amigos, nos meus pais, pra não dizer que foi por causa da minha curiosidade da minha falta de caráter, da minha medida errada que eu muitas vezes passei do limite.
Eu quero mesmo se irrefutável, incontrolável e mostrar toda essa duvida que eles procuram não ver, não querem se ver na gente, e nós não queremos ser espelhos do passado deles, somente passando filmes rebobinados, na nossa vidinha, ninguém vai querer saber o que eu penso. O que eu peso que medidas eu meço pra me caber nessa sociedade, e eu não estou culpando ninguém pela minha baixa inteligência pelas enchentes nas ruas alagadas. Pela fome mundial eu poderia culpar alguém? E que medida eu tomaria pra mudar a situação? Quantas coisas que não cabem na minha mão... Eu também não vou dar meu perdão por essa minha geração, eu não falo pela massa apenas por mim mesma só conheço bem o que eu consigo medir.
Pra não falar que não meço as conseqüências dos meus atos indecentes nem sou tão louca inconseqüente, alienada e carente que não consiga ver a sensibilidade de uma frase bem escrita mesmo na sujeira do fim da linha, eu só não fico medindo cada passo do caminho porque isso só deixa a estrada mais longa, mais também não sou da galera do “deixa disso” eu posso ir à luta mesmo sem chances de vitoria mais reconheço na medida certa quando uma guerra esta perdida. Eu quase sempre passo da medida e só fico desmedida quando falo de você porque não meço sentimentos, pra mim são infundados argumentos pra dizer que gosto um pouco ou mais ou menos.
Eu às vezes fico usando minhas medidas erradas pra escrever essas palavras, mais e ai que medidas eu poderia usar? Eu só posso falar de mim e medir minhas palavras e pensamentos.

As vezes eu vivo das coisas apagadas!

sábado, 11 de setembro de 2010

Meu tudo de bom!

Sabe quando o coração fica pequeno pra essa coisa grande que é o amor!Dá aquela vontade de expandir de crescer de reviver transparecer, só para mostrar que não é só loucura da minha mente insana, também faz parte dessa parte de mim à parte sóbria a parte que pensa a que não está afetada, porque tudo me afeta tão diretamente até os seus machucados me deixam dormentes, dói em mim essa sua dor que não consigo ver, e eu estou quase transbordando porque não cabe mesmo em mim tudo o que te deixa tão pela metade. Você é tão fácil tudo em você vem tão fácil, seus sorrisos são sempre espontâneos e você é sempre tão falante, eu ouso o som das suas risadas e me dá um medo de ficar surda e nunca mais ouvi-las, eu queria mesma era pegar um pouco de você e guardar num pote com tudo de bom que tem no mundo. E fazer do inverso meu universo cheios de sorrisos seus, beijos seus, palavras suas e chocolates, arco Iris, nuvens e sorvete e sol e sombra com árvores, pegar tudo de gostoso com pingo de chuva numa tarde quente com seus abraços carinhosos e guardar tudinho num pote talvez um pote bem grande e me guardar lá dentro pra poder viver só de coisas bouas só de você e todas essas coisas bobas que eu adoro que me cercam.
Mais nem dá, porque de repente o pote se quebra e tudo de bonito que eu tinha guardado lá se espalha se perde no ar, uma pena eu não poder viver do seu sorriso e me alimentar da sua alma porque nem vale a pena toda calma que me perturba se minha alegria vem mesmo dos seus lábios e do céu e do ar, dessas coisas que a gente acredita sem nunca ter visto ou tocado, essas coisas que a gente sente, assim como as palavras ditas dentro do silencio transmitidas pelo olhar, sentidos pelo toque simples e complexo.
E eu sei que mesmo que não caiba tudo dentro nós porque é muito imenso e grandioso e maior e e e mais e mais, de uma intensidade quase sombria de uma sobriedade quase enlouquecida, que eu tenho certeza dessas coisas que ninguém dizia, meu coração fica apertadinho não porque é pequeno mais sim porque o meu amor é maior até do que eu mesma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Jogando com você



Começamos nosso jogo insinuações, olho no olho, vendo de perto cada detalhe da manipulação, jogo de ação te faz refletir me ter aqui tão perto?Não!Fazemos esse enlace de mãos as suas nas minhas, começamos levemente um toque quente que logo se firma você aperta a minha mão dói? Não! Joga a outra mão no meu braço, suavemente deslizando, você vê a veias nele tão brancas né?Sim! Subindo pelo ombro, pescoço, senta mais perto chega tão perto para, fala baixinho mansinho e lambe minha nuca meu ouvido te arrepia? Sim!Passa a mão pelo meu rosto devagar, quase imperceptível seu toque e queima esse seu olhar, pelo jogo você forte me puxa bem perto boca a boca eu fico quase louca você para, quer continuar? Sim!Me beija tão suavemente consigo sentir cada sensação que vem de você, seu perfume subindo devagar me fazendo inebriar , e jogo vai esquentando me beija agora rápido sem parar molhado, com língua e sem, beijo que arde queima faz bem, Posso? Pode! Tira a blusa descobre os meus seios passa a mão suavemente meus mamilos enrijecem que jogo mais quente, e tudo vira um flash mãos que percorrem meu corpo, a roupa no chão, boca aberta, gemidos, quase gozo, quase, num frenesi de loucura me deita na cama eu toda nua, Você linda! Obrigada! Fica me olhando com cara de bobo passa a bola minha vez no jogo! Eu te deito no meu lado inverto, eu fujo as regras não me resguardo, tira a sua camisa a bermuda e todo o resto, estou com você, duro ,adoro, chupo não nego, eu te pego agarro prolongando um prazer que dá a impressão que vai morrer chegou hora o que vamos fazer? Não há tempo pra jogar, um vai e vem frenético quase louco, quase quase gozo!E vai ficando tão perto perto quente quente meu suor escorre pelo seu peito, você me olha é quente! É dentro e fora você quase dentro a toda hora um momento que  dura tão pouco parece eterno quase morro quase e quase primeiro você fica louco depois ah sim Gozo gozo em você em mim em tudo no todo!e o jogo? Desabo no seu peito! Fecho olhos quase oro....meu deus como é bom abro os olhos você embaixo de mim você dentro de mim, me ama me fode me come! Você? Faz amor comigo? Sim claro...ah eu fecho os olhos melhor de tudo é ter você, por todos os lados, ele olha  meu olho e o  jogo começa todo de novo...

sábado, 17 de julho de 2010

Mendigo




Estava chovendo eu estava andando como sempre, cabeça nas nuvens os pés no chão, caia uma fina garoa aquelas gotinhas que molham a pontinha do nosso nariz dão uma agonia estranha em mim, minhas bochechas congelavam com o frio, sentia meus pés molharem tudo muito normal, não era não nenhum dia especial, eu ia fazer todas as coisas que faço sempre às vezes iguais às vezes diferentes. E então ele veio, eu vi, e fingi que não vi, sempre finjo que não vejo todos fingem, as suas roupas esfarrapadas seus pés descalços calejados pelas andanças do mundo, seu rosto enrugado pelas marcas profundas da desesperança dele.
Naquele dia passando ali aonde sempre passo, faço sempre a mesma trajetória eu vi, como quem não queria ver, a miséria de um ser humano, como eu humano, eu estava andando eu o vi ele me viu, encheu seu copinho de água e veio andando, eu como sempre ouvindo minha música brega, levei um choque de realidade, ele tacou a água no meu rosto, o mendigo tacou um copo de água em mim...eu pensei em gritar eu pensei em agredir eu pensei, como penso tão poucas vezes nessa vida, porque afinal raciocinar nunca foi meu forte!
Eu levei um choque de realidade eu vi a plebe molhando a burguesia, vi lutas inglórias pelas minorias, vi historias de noites frias de barriga vazia, vi o medo dos outros, dos bichos da nossa cabeça, medo da loucura que chega, eu vi drogas fáceis, eu vi uma luta por um dia que dura mais que 24 horas, eu vi o mundo inteiro como uma casa e eu apenas inquilina de passagem, passando. Eu não pensei em mudar o mundo, eu só posso mudar a mim mesma, e cada pessoa é mundo afinal, e naquele dia frio meu mundo tão distante daquele mendigo, meu mundo encontrou o dele, ele se chocou no meu mundo, ele bateu de frente com o meu mundo ele quis quebrar minha rotina.
Eu tive inveja da sua força de minoria, tive medo da sua raça sei que talvez eu não agüentasse o que ele agüenta nas ruas todos os dias, os olhares estranhos de misericórdia, de medo, de horror, de receio, de preconceito, de nojo, eu tenho medo dos olhares dos outros, mas esse homem vive assim sob olhares dos grandes passantes sempre soberbos soberanos, eu me senti pequena perto dele inútil diante da sua coragem.
E eu tive que admiti como quem admite uma verdade dura e cruel mais que eu sei quem é verdade, eu banalizei, eu tenho nojo sim, tenho medo, sim tenho pena sim, eu não sei a sua historia seu passos as derrotas e fracassos que o levaram a parar na rua, eu durmo na minha cama quente e não penso em você na rua na chuva no escuro, eu calço minhas botas, tênis, sapatos e não penso em seus pés descalços, e tomo meu banho e visto minhas roupinhas e não penso na mercê de doenças que você vive todos os dias sem higiene, e almoço janto e reclamo da comida quente e fria, e não penso na fome que você passa todos os dias, se você morresse amanha que falta você me faria? Olha eu não sei o nome do mendigo que me tacou água naquele dia, mas ele me mostrou de uma maneira dura e rígida que é mais forte que eu,que pode mais, me molhou me chocou, que ser humano eu sou?Enquanto eu luto pelas mil e uma futilidades que eu desejo, o que eu faço por você ser humano como eu dotado dos mesmos direitos que eu?Nada... Naquele dia eu andava um mendigo tacou água no meu rosto e lavou minha alma.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sinal

Eu ia aceitar mesmo que você fosse melhor que eu, que entendesse de uma forma tão simples aquelas sentenças, aqueles verbos que conjugasse tão bem as orações eu queria mesmo era poder contar as bobices dos meus dias enquanto você falava dos assuntos sérios do escritório, dos clientes, do médico, da sua família, eu queria era ser egoísta uns 30 minutinhos pra deitar no seu peito de aço e ser besta um pouco. E enquanto você falava eu me sentia tão pequena, todas as coisas sérias que você faz, e as pessoas importantes que você conhece as suas reuniões de negócios, seus ternos importados e tudo o mais que te fazia mais adulto do que eu. Eu parei pra entender porque vivíamos em mundos diferentes, das coisas que você nunca fazia pra não desagradar pra não se humilhar, pra não sempre pra não, eu queria que fosse pra sim, um sorriso espontâneo da minha piada sem graça que você parasse de vigiar pra se entregar um pouco.
Eu queria te desestruturar, derreter o aço te fazer humano te dizer das coisas bestas que eu faço e eu sempre olho pro céu pra ver se tem sol se tem nuvem se tem estrelas se tem anjos se tem vida, por um pouco mais de vida um pouco menos de tudo isso que você dá tanto valor, tanta matemática tanta conta e você nem sabe quantos corações tem dentro de você?Eu ia te contar antes da minha voz engasgar que eu escrevo e nem é pra desabafar é pra abafar que eu queria gritar mesmo o que tinha dentro você.
Você nem sabe que roupa eu usei ontem, que cor estão minha unhas talvez nem se lembre da cor dos meus olhos, e sabe sim do trânsito caótico do preço da gasolina, do almoço todo dia que você sempre reclama da comida que estava quente que estava fria, eu sentia mesmo que você estava tão repleto de metrópole de poeira de caos que eu nem cabia mais, não dava pra eu espanar todo aquele pó limpar toda a sujeira mostrar os quadros lindos na parada do farol, te dar um beijo antes do semáforo abrir, ouvir uma buzina do carro de trás avisando que farol abriu e dar um sorriso cúmplice que um beijo rápido de uma alegria demorada.
Eu vou chegar em casa buscar suas roupas na lavanderia reclamar com aquela moça da lavanderia cheia de espinhas que, esta tudo mal passado, ela vai anotar minha reclamação, eu vou comprar as frutas pra por no centro da mesa de jantar e encher de verduras a geladeira com todos os light diet e sojas que você toma por uma vida mais saudável como você diz, arrumar seus sapatos lustrar eles, ajeitar as camisas em ordem monocromática, deixar uma Gilette na pia junto com o creme de barbear e o pós barba, os chinelo ao pé da cama seu hobe na saída do banheiro seu pijama na cabeceira um leite quente antes de dormir, os dez melhores livros de aventura que você só vai viver nos livros mesmo, todos lá pra você ler seus óculos em cima deles, tudo certinho, porque você sempre chega tão cansado de tudo, e tudo tem que esta tudo em todos os lugares certo, porque a vida já ta tão no lugar errado é tanta loucura você fala.Eu vou deixar tudo ajeitado e vou embora talvez daqui há uns cinco anos você dê por minha falta, você vai parar no semáforo e perceber algo estranho não tem buzina no trânsito não tem beijo rápido, só o caos que você mesmo cria todos os dias.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Salto


Olhou bem no fundo dos olhos dele e disse que estava apaixonada, só disse isso porque o medo tomou conta dela o coração acelerou, quanto tempo não se apaixonava que sensação estranha que pessoa estranha se tornou com uma felicidade absurda! Só disse isso mais queria dizer todo o resto... que estava sim apaixonada e isso não viraria nunca amor, porque tinha prometido a si mesma que ela mesmo se bastava e por isso não precisa do amor e de amar mais ninguém, que já tinha amado demais e precisava de um pouco de paz, para se colocar em ordem, porque seu coração já estava  tão vazio sobrava tanto espaço e tava tão calmo lá.
Não queria ter que sentir saudades e sentir vontade de estar junto, não queria ter que sentir ciúmes e sonhar sonhos para uma vida inteira que acabariam antes de a vida acabar, não queria chorar não queria sofrer, e enfim não queria sua felicidade dependendo de outro. Queria a felicidade simples de um amanhã sem medos sem traições.
Tinha dentro de si uma fé tão estranha que tudo dependia apenas dela, que se apaixonar era dar um passo no vazio. Apenas não disse isso. Disse só que estava apaixonada e mais nada, e não queria estar e tentou resistir, tentou não sorrir quando ele sorria não querer beijar quando ele chegava perto, não querer abraçar quando ele aparecia, tentou em vão não estremecer ao toque dele e não se aconchegar naquele colo, só para poder parecer mais forte diante dele. Mas ele veio tão seguro com seu jeito tão honesto parecendo tão crente em tudo que derrubou toda a fé que ela tinha no que era conhecido, firme, certo mostrando o lado incerto o lado vivo.
Tinha mesmo que ser ele, porque parecia tão complicado porque entender ter certeza parecia tão duvidoso, seria sua mente doentia ou as feridas do seu coração que a colocam nesse dilema, queria mesmo poder cair de pára quedas com a certeza de não se esborrachar no chão, e repente a vida tirou todas as certezas te despiu novamente te deixou nua, assim surgem às paixões de repente e assim elas nos deixam completamente nus, porque só assim desprovidos de grandes vaidades de tantos medos, de todos os receios poderá se entregar cair, se for ao chão se for às nuvens se for flutuar, isso só mesmo o tempo dirá



quarta-feira, 19 de maio de 2010

Devaneios



Eu aprendi depois de algumas quedas que um fim é sempre um recomeço, que apesar de já conhecer a estrada o bom mesmo é estar perdida, que uma trilha já marcada leva sempre a lugares já visitados e eu quero sempre me perder em um novo caminho e me encontrar em algum lugar desconhecido, me achar me perdendo e perder sempre ganhando. Eu percebi depois que eu me perdi que perder é o que sempre nos leva a perceber o quão bom era ter ao meu lado tudo aquilo, aquilo tudo que eu não conservei que eu não preservei e que eu deixei morrer. Percebi também que às vezes estar ao lado não basta, porque às vezes estamos só mesmo estando em companhia. Pra ser quem sou e conservar todos meus valores foi necessário eu ser desafiada pela minha própria ignorância, sentindo na pele o peso da intolerância ser autora dessa minha historia.Aprendi a lidar com os meus defeitos antes mesmo que lidar com os dos outros, foi mais difícil do que eu imaginava, que a culpa é mais pesada que o perdão e perdoar a si mesmo  requer mais prática, que essas pequenas verdades que me consomem em dias a fio.
Foi necessário me ver no espelho dos outros para entender que a perfeição às vezes é só reflexo da nossa própria imaginação, quer atingir o pleno pode apenas ser um desalento pra essa perfeição imperfeita que me faz humana, sóbria necessária, que foi por ser imperfeito que de repente me senti tão parte de tudo isso e quanto mais planejo mais gosto de ver meus planos ao chão caindo, voando, porque perfeito talvez fosse tão chato quando impossível. Necessário foi planejar pra ter tudo certinho no final  dessa hora desse dia, desse mês, desse ano, e ver que de tão certinho foi tudo errado, e cansado, que de repente nem valeu a pena.
Foi descobrindo aos poucos as diferenças que nós fazem loucos, que me apaixonei de novo e cada dia um pouco por você e por todos, vendo todos os seus defeitos e me achando tão perfeita a ponto de adorá-lo eu jamais iria julgá-lo, nem poderia vendo também tantas referencias de todos um pouco, sempre de cada um fica guardado em mim também. Deve ser por ser assim tão louca e demente que plantei varias sementes nesses corações apaixonados, foi por me apaixonar loucamente que deixei de racionalizar essa gente somente para admirá-las.
E percebi também que nenhuma corrente seria o suficiente para te manter aprisionado, que pode não fazer sentido pra um ouvido apaixonado um não desesperado, de quem não pode, não consegue mais se manter calado diante dessa forma imensa, dessa falta amor tão sensata, que pode não fazer sentido agora mais a qualquer momento embora modificado pelo tempo tudo vá se encaixar de uma maneira que não restara duvida que foi uma escolha certeira essa de não se manter apaixonado.
E não faz sentido para mim te odiar tão friamente e de repente me descobrir apaixonado, e nem faz sentido sermos tão diferentes, pessoas, lugares, pensamentos, gostos, e estarmos no mesmo mundo, fincados esperando o momento de alcançarmos não a perfeição, mas a reconciliação de almas opostas postas do mesmo lado. E nem fazer perceber que nem adianta organizarmos nem planejarmos, porque isso tudo para fazer poucos sentido pra um destino maligno que nos torna humanos fadadas aos desencontros da insensatez e da paixão, só para mostrar que não encontramos senão somente o que precisamos a cada curva dessa estrada, e viver sempre tentando talvez seja nosso único engano, e descobri que  não nos apaixonamos só reconhecemos no outros pedaços de nos mesmos, abalando assim nossas tão fieis estruturas, nos mostrando que somos apenas modelados, adotados, humanos, errados, apaixonados.Talvez eu seja um pouco mais louco, mais isso não faz diferença o mais importante é que adoro ser errado.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Verdades


Foi mais uma mensagem no meio da noite que me despertou de um sonho, que acabei esquecendo qual era, na mensagem dizia tudo aquilo que eu já sabia mais ele quis me lembrar, como aquela velha música que toca nos momentos mais indiscretos, me fazendo lembrar dessas coisas fúteis que tento esquecer. Seria um sério vício esse talvez essa vontade de me fazer sofrer só para olhar mais um pouco sua cara de pobre coitado, ou a minha cara de desapegada. Talvez você esteja acreditando nessas mentiras que andam te contando ou talvez você esteja mesmo confiando que só porque você está vendo, seja real! Vai saber qual é a ilusão que você cria nos seus próprios olhos? Sabe qual é, é que eu estava naquele velho dilema você dizendo que me ama, eu dizendo que não acreditava, era para mim já discussão encerrada afinal já te disse que não acredito somente em palavras.
Mais você como incansável bom samaritano, tentando fazer eu me sentir menos mal por não ser a outra da sua vida, ou por se a outra você me fazia sentir tão especial, seguindo seu roteiro tão bem escrito bem ditado decorado, cada palavra de efeito que vinha a sua mente dizendo coisas incoerentes pra me fazer entender que você está fazendo as coisas porque tem que ser feitas assim e não porque você quer, dizendo para eu me convencer que você esta dizendo a verdade, diz mil vezes a mesma tentando convencer a si mesmo que esta dizendo a verdade. Na verdade tudo parece relativo quando sai da sua boca, antes eu acreditava em verdade agora prefiro atos, fatos consumados.
Vem me dizendo que está sendo franco, quase me convencendo no tranco que todo dará certo, dependendo do contexto das suas palavras me convence que tudo é incerto demais para meu vago entendimento e eu me fazendo de burra apara aceitar e assim quem sabe ser feliz. Porque cansei mesmo de tantas verdades, minha vida esteve cheia delas e nem por isso eu fui mais feliz, mais talvez e só talvez correndo o risco de parecer, me sentir demais, minha inteligência me impeça de acreditar nessa suas fáceis e frágeis verdades absolutas.
Já falei tanta mentira para parecer mais sincera que agora nem posso julgar, e também já ouvi tanta verdade que eu preferia que fosse mentira que talvez eu prefira mesma ser acordada no meio da noite por uma mensagem, cheia de clichês, pelo ou menos eu sei que é mentira e consigo voltar a dormir e continuar meu sonho afinal ele é muito mais verdade do que quase tudo o que dizem por aí

sexta-feira, 30 de abril de 2010

dedico a você:
Você é um cretino!! kkkkk

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Por tudo o mais


Por tudo mais eu estava lá, cantando aquela velha musica lendo aquele velho livro, apegada aos velhos amados, amores, gracejos, tava lá deitada vendo as estrelas vendo o sol poente vendo estrelas cadentes, estava lá perdida no processo da formação, catando coisinhas no chão em meio ao vazio do submundo do meu próprio coração, esperando o caos pra movimentar balançar a rede pra lá e para cá, esperando alguém entender minhas crônicas sem sentido esperando alguém ler meu diário escondido. Esperando alguém  discordar pra poder concordar , pra bagunçar pra depois arrumar, esperando amar só pra sofrer mais um pouquinho.
Tipo aqueles dias em que a chuva cai fininha molhando meu nariz, e nem gruda ,escorre pelas minhas mãos, e  tudo o que eu queria era tocar seu corpo, passar a língua no seu abdômen, comer você com vontade, mais nem coragem eu tinha tudo tava tão calmo, tão vão. E a necessidade de me ter passou, a necessidade de meter em você de te ter.Pra eu sair e ver o submundo ver as prostitutas vendendo seus corpos e eu pensar por quanto vendi minha alma? Meu corpo?
É  por isso mesmo que eu estava lá pra ver queimar aquele monte de cartinhas que minhas amigas do tempo do colégio me mandaram, algumas se foram se ter ido, alguma ficaram sendo que se foram, queimar tudo e mesmo nada apagado nem com borracha nem a laser tipo tatuagem, como era mesmo o nome da brincadeira? Éramos irmãs de sangue porque furamos nossos dedos e juntamos nosso sangue !é isso! mais ele tomou o lugar de tudo deixando a irmandade do sangue do furinho da agulha pra lá. Tomou  também aquele lugar embaixo na arvore aonde gravamos nossos nomes, mais derrubaram as arvores ou eu procurei no lugar errado, ou ela descascou.
Eu também descasquei só para pode ver de vários ângulos e sair do meu corpo, às vezes, quando to cantarolando aquela musica, porque eu simplesmente gosto dela, mais é mentira porque é um musica que não me lembra ninguém, estranho essas musicas que não lembram nada de lugar nenhum, porque também aquele furinho no dedo cicatrizou e eu nem lembro se foi no anelar ou no dedão, porque também sei lá porque o sangue meu não juntou com o dela.
De fato e só por isso eu estava lá, vendo você jogar, as canelas finas correndo atrás da bola me olhava de rabo de olho só para ver se eu te via, nossos olhos se cruzavam numa  fração de segundos e logo se perdiam, porque na verdade você estava correndo atrás da bola, e eu estava correndo atrás de você a verdade é que você corre mais rápido ou eu estou mais cansada, suas penas são mais rápidas, as minhas são mais pesadas é fato. Você também fez o gol, e a cicatriz o furinho da agulha das irmãs de sangue que hoje não são nem bem amigas nem bem inimigas, parece que na verdade eu estava lá só para ver o segundo  tempo da partida você fez um gol e eu fui embora.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Casual?Fiel?Amor?



Onde se perdeu o amor? Esta na esquina fazendo ponto, na sua casa fazendo comida, no banheiro injetando?Ta bolando um ali fora ta passando a noite na gandaia?Onde está o amor? Não venham me dizer que eu que não sei aonde procurar, amor a gente não procura a gente encontra, e mais e mais cada coisa que encontro não é amor, cadê o amor fácil amor que não precisa de bebida de droga de som alto de salto alto?Amor simples que abre a porta do carro, que beija sua bochecha que não exige que você esteja sempre pronta pro que der e vier, cadê?Eu não sou feminista não, nunca fui claro que acho bom ter o meu emprego, pagar as minhas contas, e fazer sexo com quem eu quiser mais isso não quer dizer que eu não seja romântica. Quero sim alguém pra abrir a porta do carro pra mim, que pague um jantar romântico não por que eu precise ser comprada, simplesmente por gentileza, porque nessa onda de  libertinagem de liberalismo a gentileza se perdeu no feminismo, e cada vez mais cada um quer bater no peito e dizer que amor é brega, que podemos fazer tudo sozinhos quando precisamos desesperadamente cada vez mais um do outro.
Eu só quero poder confessar que sou romântica que gosto sim de receber flores, bombons e não parecer brega fora de moda por isso. Encontrar por acaso alguém legal que olhe alem das minhas pernas, da minha bunda da minha boca e que também olhe pra tudo isso, com um desejo que não seja carnívoro,hoje vejo, mulheres querendo mostrar do que são capazes e homens querendo ser capazes de mostrar isso a essas mulheres. Eu não chego nos homens me chame de antiquada por isso nunca cheguei simplesmente não consigo, pra mim tudo começa no olhar, uma troca de olhares, um olhar encontro o outros e as faíscas saem ali mesmo, e hoje olhando para o lado percebi a aliança no dedo da pessoa que estava por trás daquele olhar, poxa cadê a fidelidade o olhar cúmplice.Tem pessoas que num liberalismo quase inimaginável pra mim acham que lealdade é mais importante que fidelidade, o que é lealdade? Segundo o meu velho Aurélio lealdade é franqueza e fidelidade é a exatidão de cumprir suas promessas, então me seja leal e infiel?Fiel e ileal? Pra mim é simples seja leal e fiel porque só assim essas palavras  valem pra mim, juntas, porque do contrario são apenas palavras perdem o sentido.
As pessoas se perderam no medo de confessarem serem humanas, porque parecer humano é demonstrar fraqueza, então cada um se esconde na sua couraça com suas fotos de viagem no Orkut, facebook, badoo, MSN com mensagem de amigos que nunca viram na vida, em conversas que não tem olhares, contando toda sua vida em um microblog para todo ver todo mundo saber, velho tempo que as pessoas tinham uma vida privada e não se podia conhecer uma pessoa apenas pela sua pagina pessoal ou em uma conversa virtual, o dia-a-dia das pessoas que cabem em 140 caracteres, e perdoem os que pensam diferentes eu falo mais de 140 caracteres por dia.
Eu sou brega e antiquada porque quero casar e ter filhos e não quero ser independente quero depender sim do amor outro porque só o meu amor próprio não supre minha solidão de companhia, Eu sou brega porque meu dia apesar de não ser o mais interessante não cabe em 140 caracteres, sou brega porque quero cada dia mais viver amor fazer amor ser amada, adorada, porque to cansada de tentar me enquadrar na casualidade vigente, e dizer que eu não consigo ser casual, amar casualmente, transar casualmente porque me apego às pessoas, porque eu sou feita de amor e só quero amar mais onde?Onde se perdeu o amor?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Meu livro


Eu to recolhida no anonimato das palavras vagas da minha boca, com uma cabeça cheia de pensamentos e com um processador na garganta que não deixa passar todas as palavras, quem prendeu a nossa voz e não nos deixa confessar nossos receios e preconceitos? Porque meu preconceito não pode ser confessado, eu só preciso ficar na medida de cada um, sem passar do ponto uma noite de cada vez, mesmo querendo cada vez mais um sexo casual com o estranho vizinho do apartamento de cima. Tava querendo um amor pra vida inteira, que durasse mais de três meses e que fosse um homem, e sem precisar me declarar que ele já soubesse só olhando nos meus olhos da carência da minha alma essa falta de nada ,que todo mundo tem.
Tava olhando o meu copo na mesa a as pessoas no bar todas desconhecidas, conhecidas agora no mesmo lugar, ouvindo aquela musica que não me passava mensagem alguma, só pra cobrir meu medo de ficar sozinha num sábado à noite, porque nem mesmo minhas cobertas conseguem me esquentar e meu livro que fica na escrivaninha ta cansado de mim, diz que preciso de mais realidade e menos ficção, fica me encarando cheio de letras e historias tristes que afagam minha alma. Tava com o copo na mão e minha garganta gelou com aquela bebida quente e foi como um estouro no meu estomago, tudo misturado e u não conseguia ouvir a musica, nem as pessoas que falavam de trabalho, do marido, das outras pessoas e eu só queria falar de mim um pouco.
Dizer que o medo de ficar sozinha não ultrapassa meu medo de ficar com você, que eu quero jogar aquele monte de lingerie que comprei pra te enlouquecer e só ficar nua do seu lado conversando bobagem e fumando um cigarro, só quero confessar que sou apaixonada por você e que nem por isso você precisa me amar te deixo essa liberdade a de não retribuir meu sentimento, foram pensamento rápidos que se seguiram como um flash entre a poção de batatas que o garçom colocou na minha mesa, e o copo de cerveja que o rapaz derrubou no chão, eu só ouvir o estalar do copo no chão, tava tudo parado de novo.
E eu não conseguia me lembrar o nome daquele rapaz simpático que sorria pra mim sentando na outra mesa, eu tinha certeza que o conhecia, vai ver era a bebida que estava me deixando meio tonta, ou de repente eu o conhecia do meu livro de cabeceira, ou não o conhecia, falava numa língua que eu não entendia, me chamou para dançar e eu ia dizer pra ele que eu era dura nunca dancei nada. De repente eu só queria deixar todo esse acaso pra lá e confessar que sinto algo que não posso sentir, pela pessoa que não pode me retribuir, eu só não queria dançar porque tinha medo de cair no chão e parecer ridícula, e meu medo de parecer ridícula é estranho porque é estranho tudo o que meu não entra no normal.
Só quero chegar em casa e tomar todos meus antiinflamatórios, antidepressivos, antialérgicos, anti vida, anti realidade, deitar na minha cama com duas cobertas, acender meu abajour fraco e ler meu livro melancólico.

terça-feira, 30 de março de 2010

ônibus


 Gente essa é minha primeira crônica postada aqui espero que gostem...obrigada


Ele sempre estava na fila, àquele fila imensa naquele ponto de ônibus tomando sempre coca-cola e sempre com os fones nos ouvidos. Sempre que via ele tinha aquela sensação de conhecê-lo de algum lugar outra fila quem sabe outra vida quem sabe.Tinha um desejo imenso de saber o que ele ouvia, porque ele balançava a cabeça devagar de um lado para o outro e sem perceber eu também balançava a cabeça devagar ao ritmo dele, como se ouvisse o que ele ouvia e balançava os pés também .Ele sempre vinha com aquela pasta cheia de livros e papeis que caiam pelos lados, e tinha um olhar perdido de quem procura um cantinho pra se encostar.
Eu gostava muito dele, mais ele nunca olhava pra mim, tinha dia que ele estava mais alegre vinha com uma fanta na mão e sempre que vinha com uma fanta na mão tinha um sorriso nos olhos, acho sinceramente que a fanta o alegrava, ou era aquela loira peituda que também pegava a mesma fila que ele, sempre que ela estava a fanta estava com ele, daí os olhos dele não eram tão perdidos. Nos dias em que estava triste estava tomando água acho que ele tomava água para apagar o ódio dentro dele, nesses momentos em que bebia água ele segurava a pasta bege com força, parecia que o mal estava lá dentro e água era pra acalmar a raiva, mais geralmente ele estava sempre igual com a coca na mão os fones o meio sorriso os olhos perdidos.
E quando ele sentava no ônibus ele lia, era uma daquelas pessoas que para de ler se perde olhando os pedestres pela janela, marca a pagina com o dedo, e como num estalo ele voltava pro livro como se acordasse de um transe, às vezes ele dormia no meio da viagem eu ficava sempre olhando os olhos deles se fecharem e sonhava os sonhos dele naqueles 30 minutos de sono que ele tinha, quando o livro parecia interessante ele não dormia e não tirava os olhos do livro grifava com caneta amarela aqueles amarelos neons no meio dos livros, eu tinha um desejo absurdo de ler os amarelos grifados por ele, e quando ele ria de alguma coisa que estava lendo, ah que sorriso, aqueles dentes lindo brancos o canino era pontudo o que dava um charme especial pra ele, ele ria e parecia que quando percebia que estava rindo parava! Como se pensasse que não pudesse rir.
As minhas uma hora e meia de viagem só eram curtas por causa dele, das manias dele de colocar a bolsa no chão e por no colo e por no chão, aquele pasta bege dele, a garrafa de coca que ele nunca jogava pela janela segurava ate o final da viagem, os sorrisos dele o olhar perdido eu era apaixonada por ele, o celular dele era igual o meu só que era azul, eu também tinha uma bolsa bege e sempre estava ouvindo musica também, e sempre lia um livro, mais ele nunca percebeu que a gente se parecia muito.
Até que um dia na mesma fila ele com a fanta a loira peituda um pouco atrás de nos, eles disfarçadamente olhando ela eu disfarçadamente olhando ele a loira falando que nem uma matraca com a amiga dela coisas fúteis sobre cabelos e esmaltes, naquele dia uma senhora  entrou na nossa frente e quando o ônibus chegou ele empurrou à senhora para entrar primeiro, naquele dia a loira peituda parou de falar indignada com ele ela comentou comigo “que homem grosso” eu comentei com ela “é mesmo um ridículo”, naquele dia eu percebi que o nariz dele era grande demais, que ele lia uns livros bestas demais, que estava sempre balançando a cabeça que nem um retardado, que aquela pasta bege era horrorosa, que ele parou de ser interessante e se tornou como todos os outros sem educação que pegam aquela mesma fila.
A loira sentou do meu lado e conversamos a viagem inteira virou minha amiga de infância, ele continua coma aquela pasta bege, a água nas mãos e aquele olhar perdido certamente procurando a educação que ele dever ter perdido em algum lugar...