segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Confusa...



Eu vivi na burrice até então por não ter certeza se era amor, aquele sentimento confuso aquela mistura de amor e ódio que se confundia e se fundia dentro do peito, aquele sem fim de coisas que ela odiava e amava ao mesmo tempo em que só existia nele, ele que só nele não se cabia e por isso cabia um pouco dentro dela também. As coisas que foram jogadas fora por causa dele os medos e receios que foram pisados por causa de outros medos e receios, os lugares pelos quais nunca passaram juntos, mais que de alguma forma sempre os fazia lembrar um do outro. As manias odiosas poderiam parecer em outra pessoa nele tinham outra forma outro gosto, meio amargo meio doce e ela não sabia se era amor se vinha dele se vinha do mundo se vinha de todos, se era só empatia se era medo preconceito de ser amor, e por só ser amor ser tão pouco assim também.
O moletom que nunca mais foi usado visando não ser ousado o bastante para uma noite com ele, o vinho que nunca foi o melhor possível as músicas que não eram românticas o bastante, os beijos que tinham um sabor de que ainda vai vir um melhor, e ficava esperando vir um beijo melhor a cada novo beijo, e o melhor não vinha o toque melhor não vinha o sexo melhor não vinha um pau melhor não tinha, não não era amor, era tão grande e, no entanto não era amor! O que era então. Enumerava todos os seus defeitos e, no entanto não incomodava nenhum pouco.

Tinha sido tão febril e tão calmo e por ser calmo parecia amor e por ser febril parecia paixão, o toque leve o toque pesado dependendo do seu humor, do que havia acontecido durante, o dia das coisas que ela não tinha culpa e sempre se sentia culpada por não ter sido melhor, mesmo sabendo que seu melhor ainda seria o pior para ele, o fracasso dele diante dela por ser tão pequeno diante da mulher que amava, a culpa pelo desespero nos olhos dela de não poder sentir o que ela sentia porque não era amor por não saber o que era amor?O que é amor?O suportar seu defeitos é amor?O te pedir para melhorar é amor?O aceitar como é é amor?E o acreditar que pode ser melhor é amor? Ou simplesmente não sentir é amor?
E não sentiu durante tanto tempo que sentia que não era amor, porque o que era então todo aquele tesão e medo de ficar longe e nojo de ficar perto e aperto e desapego ao mesmo tempo quanta confusão dentro um só peito que nem acelerava nem parava e só queria uma resposta, pedia para parar o mundo porque queria  descer um pouco para ficar parada, para pensar um pouco, porque era amor afinal aquele sentimento louco?Sim talvez mais só um pouco.

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